Redação

Uma pesquisa realizada pela empresa de inteligência de dados ClearSale revelou que, no mês de setembro, o Brasil contabilizou 156,6 mil tentativas de fraude em compras virtuais, resultando em um prejuízo potencial estimado em R$ 173,3 milhões. Apesar da expressividade dos números, houve uma redução de 14,8% em comparação ao mesmo período de 2023.

O estudo considerou apenas as transações de e-commerce feitas com cartão de crédito, abrangendo um total de 14,4 milhões de compras entre os dias 1º e 30 de setembro. De acordo com a ClearSale, todas as transações classificadas como suspeitas ou confirmadas foram tratadas como "tentativa de fraude".

Outro dado relevante apresentado na pesquisa foi o aumento do ticket médio das transações, que chegou a R$ 1.101, representando um crescimento de 15,1% em relação ao ano passado. Esse indicador reflete o valor médio das compras realizadas por cliente.

Fraude no e-commerce: um desafio em constante evolução

Apesar da leve redução no número de tentativas de fraude, Matheus Manssur, superintendente comercial da ClearSale, destaca que o cenário ainda exige atenção. "As tentativas de fraude no comércio eletrônico, embora tenham apresentado uma leve diminuição em números absolutos, permanecem uma realidade preocupante que exige atenção contínua das empresas e consumidores", afirma Manssur. Ele ainda alerta que, apesar da evolução das tecnologias de segurança e do aumento da conscientização sobre compras seguras, os fraudadores também se adaptam e desenvolvem métodos cada vez mais sofisticados.

Categorias mais visadas pelos fraudadores

Entre os segmentos mais visados, destacam-se as categorias de eletrônicos, games, celulares, informática e eletrodomésticos. Veja os dados:

• Eletrônicos: 4,2% das tentativas de fraude, com ticket médio de R$ 1.977;
• Games: 4,1%, com ticket médio de R$ 1.605;
• Celulares: 3,8%, com ticket médio de R$ 2.849;
• Informática: 2,9%, com ticket médio de R$ 2.648;
• Eletrodomésticos: 1,7%, com ticket médio de R$ 2.477.

Como se proteger?

Diante desse cenário, a Senacon (Secretaria Nacional do Consumidor) reforça a importância de práticas que ajudem os consumidores a se protegerem contra fraudes. Algumas das recomendações incluem:

• Compre de lojas confiáveis: Dê preferência a estabelecimentos reconhecidos e com boa reputação.
• Desconfie de preços muito baixos: Produtos com preços muito abaixo do mercado podem ser falsificações ou golpes.
• Verifique a segurança do site: Confirme a presença de criptografia no site (representado por um cadeado ao lado do URL).
• Pesquise avaliações de outros consumidores: Ler as opiniões de quem já comprou pode evitar problemas.
• Cheque o selo do Inmetro: Para produtos como brinquedos e eletrônicos, é importante verificar a presença do selo de qualidade.

A pesquisa deixa claro que, apesar da redução, fraudes em compras online continuam sendo uma preocupação relevante, exigindo que tanto consumidores quanto empresas estejam cada vez mais atentos.